O que significa de fato Low Carb?
Em sua tradução livre significa “menos carboidratos”. Entretanto, mais que um nome, trata-se de um conceito alimentar que propõe a redução da ingesta de carbos e aumento da proporção de gordura.
É fundamental esclarecer que de nada adianta seguir uma dieta “low carb” tendo como base produtos industrializados. O conceito low carb não cabe num produto rotulado. Pelo contrário: o que ele estabelece é a exclusão de refinados, processados e os “ados” derivados da Indústria fazem parte deste conceito low carb.
Com isso pode-se compreender que uma dieta baixa em carboidratos restringe alimentos açucarados e amidos como massas ou pão. Em vez disso, prioriza alimentos reais - incluindo proteínas, gorduras naturais e legumes.
Por isso a Low Carb está integrada a outros tipos de modalidades alimentares como o estilo Paleolítico, a Slow Carb, dieta de Atkins, South Beach e a Cetogênica (entre outras).
Estas vertentes podem conter a essência da “low carb”. Abrirei um “parêntese” sobre o modelo proposto por Atkins (dieta de Atkins). Muitos costumam me questionar sobre esta linha, a qual não considero saudável para o organismo.
Nesta modalidade há uma permissão de consumo de proteínas acima do ideal. E, em excesso, estimula a insulina e aumenta a glicose. Isso sem falar do malefício das proteínas processadas. Atkins não qualificou o tipo de proteína, o que possibilita o consumo de processados e industrializados.
Mas, será que faz falta o carbo? Na LC o que o organismo precisa será produzido a partir da gordura ou da proteína que, por meio de um processo chamado Gliconeogênese, vai gerar a energia de que o corpo precisa!
Com isso, podemos esclarecer que os benefícios da LC vão além de perder peso – o que se trata de uma consequência e não atividade-fim.
Pode-se dizer que a principal vantagem de uma dieta baixa em carboidratos/ alta em gorduras - é que elimina, ou pelo menos restringe, o consumo de carboidratos refinados. Também há redução do risco de doenças cardiovasculares, de obesidade e diabetes tipo 2.
Quando você faz low carb, deve se manter high fat (LCHF). O que isso quer dizer? É preciso ter em mente que quando você diminiu a ingesta de carboidratos, é suprimido um dos alimentos geradores de energia do organismo. Por isso, para manter a fonte deve haver o consumo de gorduras. É comum ver pessoas que quando começam um estilo LC relatam que não se adaptaram ou apresentam alguma fadiga. Isso ocorre porque há um temor em relação a ingesta de gordura, o que faz com que apenas baixem o consumo de carbos. Este não é o preceito da LC. Por isso, deve-se estabelecer o LCHF.
O grande ponto em favor da LC é que não só de reduz a ingesta de carbos e mantem os carbos bons nas refeições, mas por haver o aumento da ingesta de boas gorduras (nada de gordura hidrogenada/trans) haverá saciedade e baixa da insulina. Isso possibilita comer apenas quando se tem fome.
Na Low Carb deve-se preconizar o consumo de carnes, legumes, verduras hortaliças, raízes e frutas de baixo índice glicêmico. Procure consumir estes alimentos crus ou cozidos no vapor. Assim, se mantem o baixo índice glicêmico, visto que quando em altas temperaturas (assados por ex.) este indicador aumenta.
Entre os benefícios da LC está a redução de medidas. Também por meio da Low Carb pode ser observada melhora no quadro de síndrome metabólica.
Para entender melhor a questão da redução da ingestão de carboidratos e aumento de gordura (LC), acontece o seguinte: quando há um consumo de pães, massas, biscoitos, doces e tantos outros produtos ricos em carboidratos, o organismo automaticamente os transforma em glicose, ou seja, em níveis excessivos de açúcar no sangue que podem ser tóxicos.
Para reduzir esta quantidade de açúcar o corpo libera insulina que realiza três tarefas básicas: 1. suspende a queima de gordura; 2. converte açúcar em gordura; e 3. acelera o estoque de gordura. E mesmo que o açúcar no sangue diminua, ainda haverá insulina circulando na corrente sanguinea, então fica inviável transformar esta gordura toda em energia, acumulando-a e, pela escassez desse nível energético no corpo, ele pede mais comida. Um outro agravante é que estes alimentos possuem glúten, outro ingrediente que contribui para impactar a saúde, por ter potencial inflamatório no organismo de grande parte da população.
Em contrapartida, quando reduzimos a ingestão de carboidratos os níveis de insulina no sangue caem e os níveis dos hormônios glucagon e GH aumentam. E, como é a insulina que “segura” a gordura dentro do tecido adiposo, evitar os carboidratos faz com que a gordura acumulada seja liberada e processada para produzir energia que citei.
Por isso, os alimentos consumidos na Low Carb são “hipoinsulínicos”, ou seja, não estimulam a liberação de insulina, permitindo assim que seu corpo utilize a energia que precisa para sobreviver a partir da queima da gordura.
Outro ponto em favor cabe aos triglicérides, que são um fator de risco para doenças cardíacas, caem drasticamente com a redução do carboidrato. O HDL, colesterol bom, aumenta exatamente pela inclusão de gorduras de boa qualidade. Os níveis de insulina e glicose caem, reduzindo os riscos de diabetes tipo 2.
Por Dr Barakat
Genial!
ResponderExcluir😉
ExcluirEstá perfeita a explicação
ResponderExcluir😉
ExcluirEu sou estrelinha dessa constelação
ResponderExcluir😉
ExcluirDr Barakat é top! Excelente post Fabi
ResponderExcluirEu sou fã do Dr Barakat. É maravilhoso mesmo!!!
ExcluirFabi, tá bem explicado. Obrigada por compartilhar.
ResponderExcluir😉
ExcluirBom dia! Vi sua história no paleo diário. Parabéns pela sua dedicação e conquista. Mas queria te perguntar, sem ofender, você colocou mamaplastia (silicone outra plástica)? Pergunto porque pelas fotos sua mama parece ter ficado flácida devido à gravidez e do emagrecimento que também pode causar isso.
ResponderExcluirOla, muito obrigada! Eu tenho silicone sim. Coloquei em 2007, antes das gestações. Bjs
Excluir